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segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A HISTÓRIA DO HALLOWEEN

O Halloween é uma festividade que celebra as oposições que regem o mundo.

Em declaração feita no ano de 2009, o Vaticano condenou o Halloween como uma festa perigosa carregada por vários elementos anticristãos. No Brasil, observamos que algumas pessoas torcem o nariz para a comemoração do evento por entendê-lo como uma manifestação distante da nossa cultura. No fim das contas, muito se diz a respeito, mas poucos são aqueles que examinam minuciosamente os significados e origens de tal festividade.

Desde a Antiguidade, observamos que várias festividades populares eram cercadas pela valorização dos opostos que regem o mundo. Um dos mais claros exemplos disso ocorre com relação ao carnaval, que antecede toda a resignação da quaresma. No caso do Halloween, desde muito tempo, a festividade acontece um dia antes da “festa de todos os santos” e, por isso, tem seu nome inspirado na expressão "All hallow's eve", que significa a “véspera de todos os santos”.

Pelo fato do 1° de novembro estar cercado de um valor sagrado e extremamente positivo, os celtas, antigo povo que habitava as Ilhas Britânicas, acreditavam que o mundo seria ameaçado na véspera do evento pela ação de terríveis demônios e fantasmas. Dessa forma, o “halloween” nasce como uma preocupação simbólica onde a festa cercada por figuras estranhas e bizarras teria o objetivo de afastar a influência dos maus espíritos que ameaçariam suas colheitas.

No processo de ocupação das terras europeias, os povos pagãos trouxeram esta influencia cultural em pleno processo de disseminação do cristianismo. Inicialmente, os cristãos celebravam a todos os santos no mês de maio. Contudo, por volta do século IX, a Igreja promoveu uma adaptação em que a festa sagrada fora deslocada para o 1° de novembro. Dessa forma, os bárbaros convertidos se lembrariam da festa cristã que sucederia a antiga e já costumeira celebração do halloween.

Por ter essa relação intrínseca ao mundo dos espíritos, o halloween foi logo associado à figura das bruxas e feiticeiras. Na Idade Média, elas se tornaram ainda mais recorrentes na medida em que a Inquisição perseguiu e acusou várias pessoas de exercerem a bruxaria. Da mesma forma, os mortos também se tornaram comuns nesta celebração, por não mais pertencerem a essa mesma realidade etérea.

Entre todos os desalmados, destaca-se a antiga lenda de Stingy Jack. Segundo o mito irlandês, ele teria convidado o Diabo para beber com ele no dia do Halloween. Após se fartarem em bebida, o astuto Jack convenceu o Diabo a se transformar em uma moeda para que a conta do bar fosse paga. Contudo, ao invés de saldar a dívida, Jack pregou a moeda em um crucifixo.

Para se livrar da prisão, o Diabo aceitou um acordo em que prometia nunca importunar Jack. Dessa forma, ele foi libertado e nunca mais importunou o homem. Entretanto, Jack morreu e não foi aceito nas portas do céu por ter realizado um trato com o demônio. Ao descer para os infernos, também foi rejeitado pelo Diabo por conta do trato que possuíam. Vendo que Jack estava solitário e perdido, o demônio lhe entregou um nabo com carvão que lhe serviu de lanterna.

Ao chegarem à América do Norte, os irlandeses trouxeram a festa do Halloween para as Américas e transformaram a lanterna de Jack em uma abóbora iluminada com feições humanas. Os disfarces e máscaras, tão usadas pelos participantes da festa, seriam uma forma de evitar que fossem reconhecidos pelos espíritos que vagam neste dia. Atualmente, as fantasias são utilizadas por crianças que batem às portas exigindo guloseimas no lugar de alguma travessura contra o proprietário da casa.

De fato, a celebração do Halloween remete a uma série de antigos valores da cultura bárbaro-cristã que se forma na Europa Medieval. Nessa época, várias outras festas celebravam o processo de movimentação do mundo ao destacar os opostos que configuravam o seu mundo. No jogo de oposições simbólicas, mais do que o valor de um simples embate, o homem acaba por visualizar a alternância e a transformação enquanto elementos centrais da vida.

Por Rainer Sousa
Graduado em História
Equipe Brasil Escola

A VERDADE POR TRÁS DAS FESTAS POPULARES

BRUXAS e fantasmas, abóboras e fogueiras, gostosuras ou travessuras. É fácil identificar as características básicas do Halloween. Mas o que está por trás dessa e de outras comemorações semelhantes? O nome inglês Halloween vem da expressão All Hallow’s Eve, que significa “véspera do Dia de Todos os Santos”. Esse nome supostamente cristão, porém, esconde origens que não são nem um pouco santas. De fato, os eruditos afirmam que as raízes do Halloween remontam a uma época muito anterior ao cristianismo — à era em que os antigos celtas habitavam a Grã-Bretanha e a Irlanda. Usando um calendário lunar, os celtas dividiram o ano em duas estações: os meses escuros do inverno e os meses ensolarados do verão. Na lua cheia mais próxima de 1.° de novembro, os celtas celebravam a festa de Samhain, que significa “fim do verão”.
Essa comemoração, que marcava o início do ano novo celta, ocorria no fim do verão, após a colheita e depois que os rebanhos eram trazidos do pasto para os abrigos. Os celtas acreditavam que, à medida que os dias encurtavam, era preciso revitalizar o Sol por meio de vários rituais e sacrifícios. Para simbolizar a morte do ano velho, todo fogo era apagado e o ano novo era iniciado com fogueiras sagradas a partir das quais os membros da comunidade reacendiam suas lareiras. Também se achava que essas fogueiras — usadas até hoje na Noite de Guy Fawkes, na Grã-Bretanha, e nas festas juninas, no Brasil — espantavam os maus espíritos.
Acreditava-se que, durante o festival de Samhain, se abria a porta entre o mundo humano e o sobrenatural, e espíritos, tanto bons quanto maus, vagavam pela Terra. Cria-se que as almas dos mortos retornavam aos seus lares, de modo que as famílias separavam comida e bebida para seus visitantes do Além na esperança de apaziguá-los e escapar da má sorte. Assim, quando as crianças de hoje, vestidas de fantasma ou bruxa, vão de casa em casa exigindo guloseimas de Halloween ou ameaçando fazer travessuras, elas sem saber estão perpetuando os antigos rituais do Samhain. Jean Markale, em seu livro Halloween, histoire et traditions (Halloween: História e Tradições), comenta: “Ao receber um doce, elas estabelecem, de um modo simbólico que não entendem, uma troca fraternal entre o mundo visível e o invisível. É por isso que as festividades de Halloween, caracterizadas pelo uso de fantasias, . . . na verdade são cerimônias sagradas.”
Como achavam que as barreiras entre o mundo físico e o sobrenatural eram derrubadas, as pessoas acreditavam ser possível que humanos passassem facilmente para o mundo dos espíritos. Portanto, a época do Samhain era especialmente favorável para desvendar os segredos do futuro. Usavam-se maçãs e avelãs, consideradas produtos de árvores sagradas, para adivinhar informações referentes a casamento, doença e morte. Por exemplo, colocavam-se maçãs com marcas de identificação numa tina com água. Pegando a maçã apenas com os dentes, um rapaz ou uma moça podia supostamente identificar seu futuro marido ou esposa. Essa prática adivinhatória sobrevive até hoje num jogo de Halloween que consiste em tentar pegar maçãs flutuantes com os dentes.
O Samhain também se caracterizava por festanças, bebedeiras e abandono de inibições. “Os valores tradicionais eram desconsiderados ou invertidos”, diz Markale. “O que normalmente era proibido passava a ser permitido, e vice-versa.” O Halloween ainda reflete esse espírito, o que sem dúvida contribui muito para sua crescente popularidade. Comentando isso, The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia da Religião) descreve o Halloween atual como “uma época em que os adultos também podem cruzar barreiras culturais e mudar a identidade, entregando-se a uma noite de frivolidade, sem inibições. Assim, a característica básica da festa celta — uma noite anual para fugir da realidade e das expectativas normais — sobreviveu até o século 20”.
Rivalidade religiosa
Depois da fome causada pela escassez de batata no século 19, os imigrantes irlandeses levaram o Halloween e seus costumes para os Estados Unidos. De lá, ele voltou para a Europa nos últimos anos. Mas nem todos aprovam a crescente popularidade do Halloween. Como diz o jornal Le Monde, “o Halloween, que coincide com o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados (1.° e 2 de novembro) e poderia até substituí-los, está fazendo a alegria dos lojistas e deixando os clérigos em pânico”.
Representantes da Igreja, na França, expressaram preocupação com o declínio daqueles tradicionais dias santos católicos, em contraste com o Halloween, encarando isso como um sinal da “paganização da sociedade”. Para Stanislas Lalanne, porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos da França, o Halloween ‘distorce o sentido da vida e da morte’. O bispo de Nice, Jean Bonfils, declarou que “essa festa e seus rituais não têm nada que ver com nossa cultura mediterrânea e cristã” e advertiu os católicos contra “o mais importante festival dos satanistas do mundo todo”.
Comentando o abandono, por parte dos franceses, das tradições católicas a favor dessas festas pagãs, Hippolyte Simon, bispo de Clermont-Ferrand, diz: “É como se a sociedade francesa estivesse à procura de um tipo de religião civil capaz de substituir o simbolismo cristão.” Ele escreve: “No Halloween, imitam-se os mortos, e seus ‘fantasmas’ voltam para nos assustar e ameaçar-nos com a morte. Em contraste com isso, no Dia de Todos os Santos afirmamos que os que partiram estão vivos e que se nos promete o reencontro com eles na Cidade de Deus.” — Vers une France païenne? (Rumo a uma França Pagã?).
Seguindo uma linha de raciocínio similar, Carlo Maria Martini, cardeal de Milão, Itália, incentivou os italianos a não abandonar os dias santos católicos, declarando que o Halloween é “alheio à nossa tradição, que tem imenso valor e deve ser preservada. O Dia de Finados é uma comemoração que faz parte da nossa história. É o momento em que se revela a esperança de vida eterna, o momento em que o Senhor nos faz entender que há mais do que apenas a vida na Terra”. Sem dúvida, muitos católicos sinceros têm a mesma opinião. Mas será que a distinção entre o Halloween e o Dia de Finados é tão nítida quanto esses comentários nos levam a crer? O que revela uma análise detalhada das origens desses dias santos católicos?
Antigos cultos cristianizados
The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica) define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 EC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses — a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: “Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa.”
A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 EC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. Não se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. The Encyclopedia of Religion afirma: “O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os povos celtas durante todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha. A Igreja britânica tentou desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain. . . . É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.”
Markale menciona a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De modo similar, a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) afirma: “Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835 EC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
O feriado do Dia de Finados, no qual as pessoas rezam a fim de ajudar as almas no purgatório a obter a bem-aventurança celestial, teve sua data fixada em 2 de novembro durante o século 11 pelos monges de Cluny, na França. Embora se afirmasse que o Dia de Finados era um dia santo católico, é óbvio que, na mente do povo, ainda havia muita confusão. A New Catholic Encyclopedia afirma que “durante toda a Idade Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em forma de fogo-fátuo, bruxa, sapo, etc.”
Incapaz de desarraigar as crenças pagãs do coração do seu rebanho, a Igreja simplesmente as escondeu por trás de uma máscara “cristã”. Destacando esse fato, The Encyclopedia of Religion diz: “A festividade cristã, o Dia de Todos os Santos, é uma homenagem aos santos conhecidos e desconhecidos da religião cristã, assim como o Samhain lembrava as deidades celtas e lhes pagava tributo.”
As festas populares e você
Será que é preciso ficar tão preocupado com o passado sinistro do Halloween e de festas parecidas? Afinal, na mente da maioria das pessoas, o Halloween é apenas uma época para se fantasiar e se divertir. Mas não concorda que os pais devem ter cuidado para que a recreação dos filhos seja sadia e não prejudicial?
Indagou-se a um inspetor escolar da França, com mais de 20 anos de experiência, sobre a influência que o Halloween exerce sobre as crianças pequenas. Ele comentou: “Fico preocupado com os efeitos negativos, em longo prazo, que o ato de ir de casa em casa ameaçando adultos a fim de obter doces possa ter sobre as crianças. Isso pode contribuir para uma personalidade egoísta e egocêntrica. Elas aprendem que, exercendo pressão, exigindo com ameaças e assustando os outros, podem obter o que desejam.” Portanto, é bom que os pais se perguntem: “Que ‘lições’ meus filhos aprenderão se participarem dessa comemoração?”
Muitas famílias descobrem que não sai nada barato bancar os doces e as roupas que as crianças pedem. “O Halloween . . . não é um feriado”, diz Robert Rochefort, diretor-geral do Centro de Pesquisa para Estudo e Observação das Condições de Vida, da França, “é a promoção de um evento”. Antes do Natal, há uma época de queda nas vendas. O Halloween preenche esse vácuo. Em outras palavras, é só mais uma tática para pressionar as pessoas a gastar dinheiro que muitas vezes elas não poderiam se dar ao luxo de gastar. Precisa mesmo participar nessa festa só porque a maioria das pessoas faz isso?
Mas o que mais preocupa os cristãos é o fato de que o Halloween e as festas parecidas estão impregnados de paganismo. O apóstolo Paulo escreveu: “Não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios.” (1 Coríntios 10:20-22, Almeida, revista e atualizada) Ele também perguntou: “Como é que o certo pode ter alguma coisa a ver com o errado? Como é que a luz e a escuridão podem viver juntas? Como podem Cristo e o Diabo estar de acordo? O que é que um cristão e um descrente têm em comum?” (2 Coríntios 6:14-16, Bíblia na Linguagem de Hoje) Assim, a Bíblia condena totalmente a idéia de disfarçar uma prática pagã dando-lhe aparência cristã.
A Bíblia também adverte contra praticar o espiritismo. (Deuteronômio 18:10-12) Embora a grande maioria dos que comemoram o Halloween afirmem rejeitar práticas satânicas, é bom termos em mente que, em sentido histórico, essa festa está intimamente ligada ao ocultismo. Assim, pode encaminhar a pessoa para o espiritismo, em especial no caso de jovens impressionáveis. Ritos e tradições pagãos contaminados pelo espiritismo simplesmente não têm lugar na adoração cristã — e não são nem um pouco inofensivos.
Por fim, deve-se levar em conta que o Halloween, o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados se baseiam nas crenças de que os mortos sofrem ou que podem, de algum modo, prejudicar os vivos. Mas a Bíblia mostra claramente que essas crenças não são verdadeiras, dizendo: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” (Eclesiastes 9:5) Por isso, a Bíblia aconselha: “Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [a sepultura comum da humanidade], o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:10) Visto que os mortos estão inconscientes e, assim, são incapazes de prejudicar outros ou de sofrer, não temos nada a temer da parte deles. Também, orações a favor deles são completamente inúteis. Quer dizer, então, que não há esperança para pessoas amadas que morreram? Não, não é isso que se quer dizer. A Bíblia nos assegura de que “há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos”. — Atos 24:15.
O conhecimento exato nos permite fazer nossas próprias escolhas. Não podemos tomar decisões inteligentes se não tivermos todos os fatos em mãos. Depois de analisar os fatos mencionados nesta série de artigos, qual será a sua decisão?

BRUXAS e fantasmas, abóboras e fogueiras, gostosuras ou travessuras. É fácil identificar as características básicas do Halloween. Mas o que está por trás dessa e de outras comemorações semelhantes? O nome inglês Halloween vem da expressão All Hallow’s Eve, que significa “véspera do Dia de Todos os Santos”. Esse nome supostamente cristão, porém, esconde origens que não são nem um pouco santas. De fato, os eruditos afirmam que as raízes do Halloween remontam a uma época muito anterior ao cristianismo — à era em que os antigos celtas habitavam a Grã-Bretanha e a Irlanda. Usando um calendário lunar, os celtas dividiram o ano em duas estações: os meses escuros do inverno e os meses ensolarados do verão. Na lua cheia mais próxima de 1.° de novembro, os celtas celebravam a festa de Samhain, que significa “fim do verão”.
Essa comemoração, que marcava o início do ano novo celta, ocorria no fim do verão, após a colheita e depois que os rebanhos eram trazidos do pasto para os abrigos. Os celtas acreditavam que, à medida que os dias encurtavam, era preciso revitalizar o Sol por meio de vários rituais e sacrifícios. Para simbolizar a morte do ano velho, todo fogo era apagado e o ano novo era iniciado com fogueiras sagradas a partir das quais os membros da comunidade reacendiam suas lareiras. Também se achava que essas fogueiras — usadas até hoje na Noite de Guy Fawkes, na Grã-Bretanha, e nas festas juninas, no Brasil — espantavam os maus espíritos.
Acreditava-se que, durante o festival de Samhain, se abria a porta entre o mundo humano e o sobrenatural, e espíritos, tanto bons quanto maus, vagavam pela Terra. Cria-se que as almas dos mortos retornavam aos seus lares, de modo que as famílias separavam comida e bebida para seus visitantes do Além na esperança de apaziguá-los e escapar da má sorte. Assim, quando as crianças de hoje, vestidas de fantasma ou bruxa, vão de casa em casa exigindo guloseimas de Halloween ou ameaçando fazer travessuras, elas sem saber estão perpetuando os antigos rituais do Samhain. Jean Markale, em seu livro Halloween, histoire et traditions (Halloween: História e Tradições), comenta: “Ao receber um doce, elas estabelecem, de um modo simbólico que não entendem, uma troca fraternal entre o mundo visível e o invisível. É por isso que as festividades de Halloween, caracterizadas pelo uso de fantasias, . . . na verdade são cerimônias sagradas.”
Como achavam que as barreiras entre o mundo físico e o sobrenatural eram derrubadas, as pessoas acreditavam ser possível que humanos passassem facilmente para o mundo dos espíritos. Portanto, a época do Samhain era especialmente favorável para desvendar os segredos do futuro. Usavam-se maçãs e avelãs, consideradas produtos de árvores sagradas, para adivinhar informações referentes a casamento, doença e morte. Por exemplo, colocavam-se maçãs com marcas de identificação numa tina com água. Pegando a maçã apenas com os dentes, um rapaz ou uma moça podia supostamente identificar seu futuro marido ou esposa. Essa prática adivinhatória sobrevive até hoje num jogo de Halloween que consiste em tentar pegar maçãs flutuantes com os dentes.
O Samhain também se caracterizava por festanças, bebedeiras e abandono de inibições. “Os valores tradicionais eram desconsiderados ou invertidos”, diz Markale. “O que normalmente era proibido passava a ser permitido, e vice-versa.” O Halloween ainda reflete esse espírito, o que sem dúvida contribui muito para sua crescente popularidade. Comentando isso, The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia da Religião) descreve o Halloween atual como “uma época em que os adultos também podem cruzar barreiras culturais e mudar a identidade, entregando-se a uma noite de frivolidade, sem inibições. Assim, a característica básica da festa celta — uma noite anual para fugir da realidade e das expectativas normais — sobreviveu até o século 20”.
Rivalidade religiosa
Depois da fome causada pela escassez de batata no século 19, os imigrantes irlandeses levaram o Halloween e seus costumes para os Estados Unidos. De lá, ele voltou para a Europa nos últimos anos. Mas nem todos aprovam a crescente popularidade do Halloween. Como diz o jornal Le Monde, “o Halloween, que coincide com o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados (1.° e 2 de novembro) e poderia até substituí-los, está fazendo a alegria dos lojistas e deixando os clérigos em pânico”.
Representantes da Igreja, na França, expressaram preocupação com o declínio daqueles tradicionais dias santos católicos, em contraste com o Halloween, encarando isso como um sinal da “paganização da sociedade”. Para Stanislas Lalanne, porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos da França, o Halloween ‘distorce o sentido da vida e da morte’. O bispo de Nice, Jean Bonfils, declarou que “essa festa e seus rituais não têm nada que ver com nossa cultura mediterrânea e cristã” e advertiu os católicos contra “o mais importante festival dos satanistas do mundo todo”.
Comentando o abandono, por parte dos franceses, das tradições católicas a favor dessas festas pagãs, Hippolyte Simon, bispo de Clermont-Ferrand, diz: “É como se a sociedade francesa estivesse à procura de um tipo de religião civil capaz de substituir o simbolismo cristão.” Ele escreve: “No Halloween, imitam-se os mortos, e seus ‘fantasmas’ voltam para nos assustar e ameaçar-nos com a morte. Em contraste com isso, no Dia de Todos os Santos afirmamos que os que partiram estão vivos e que se nos promete o reencontro com eles na Cidade de Deus.” — Vers une France païenne? (Rumo a uma França Pagã?).
Seguindo uma linha de raciocínio similar, Carlo Maria Martini, cardeal de Milão, Itália, incentivou os italianos a não abandonar os dias santos católicos, declarando que o Halloween é “alheio à nossa tradição, que tem imenso valor e deve ser preservada. O Dia de Finados é uma comemoração que faz parte da nossa história. É o momento em que se revela a esperança de vida eterna, o momento em que o Senhor nos faz entender que há mais do que apenas a vida na Terra”. Sem dúvida, muitos católicos sinceros têm a mesma opinião. Mas será que a distinção entre o Halloween e o Dia de Finados é tão nítida quanto esses comentários nos levam a crer? O que revela uma análise detalhada das origens desses dias santos católicos?
Antigos cultos cristianizados
The Catholic Encyclopedia (Enciclopédia Católica) define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 EC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses — a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: “Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa.”
A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 EC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. Não se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. The Encyclopedia of Religion afirma: “O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os povos celtas durante todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha. A Igreja britânica tentou desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain. . . . É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.”
Markale menciona a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De modo similar, a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) afirma: “Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835 EC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
O feriado do Dia de Finados, no qual as pessoas rezam a fim de ajudar as almas no purgatório a obter a bem-aventurança celestial, teve sua data fixada em 2 de novembro durante o século 11 pelos monges de Cluny, na França. Embora se afirmasse que o Dia de Finados era um dia santo católico, é óbvio que, na mente do povo, ainda havia muita confusão. A New Catholic Encyclopedia afirma que “durante toda a Idade Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em forma de fogo-fátuo, bruxa, sapo, etc.”
Incapaz de desarraigar as crenças pagãs do coração do seu rebanho, a Igreja simplesmente as escondeu por trás de uma máscara “cristã”. Destacando esse fato, The Encyclopedia of Religion diz: “A festividade cristã, o Dia de Todos os Santos, é uma homenagem aos santos conhecidos e desconhecidos da religião cristã, assim como o Samhain lembrava as deidades celtas e lhes pagava tributo.”
As festas populares e você
Será que é preciso ficar tão preocupado com o passado sinistro do Halloween e de festas parecidas? Afinal, na mente da maioria das pessoas, o Halloween é apenas uma época para se fantasiar e se divertir. Mas não concorda que os pais devem ter cuidado para que a recreação dos filhos seja sadia e não prejudicial?
Indagou-se a um inspetor escolar da França, com mais de 20 anos de experiência, sobre a influência que o Halloween exerce sobre as crianças pequenas. Ele comentou: “Fico preocupado com os efeitos negativos, em longo prazo, que o ato de ir de casa em casa ameaçando adultos a fim de obter doces possa ter sobre as crianças. Isso pode contribuir para uma personalidade egoísta e egocêntrica. Elas aprendem que, exercendo pressão, exigindo com ameaças e assustando os outros, podem obter o que desejam.” Portanto, é bom que os pais se perguntem: “Que ‘lições’ meus filhos aprenderão se participarem dessa comemoração?”
Muitas famílias descobrem que não sai nada barato bancar os doces e as roupas que as crianças pedem. “O Halloween . . . não é um feriado”, diz Robert Rochefort, diretor-geral do Centro de Pesquisa para Estudo e Observação das Condições de Vida, da França, “é a promoção de um evento”. Antes do Natal, há uma época de queda nas vendas. O Halloween preenche esse vácuo. Em outras palavras, é só mais uma tática para pressionar as pessoas a gastar dinheiro que muitas vezes elas não poderiam se dar ao luxo de gastar. Precisa mesmo participar nessa festa só porque a maioria das pessoas faz isso?
Mas o que mais preocupa os cristãos é o fato de que o Halloween e as festas parecidas estão impregnados de paganismo. O apóstolo Paulo escreveu: “Não quero que vos torneis associados aos demônios. Não podeis beber o cálice do Senhor e o cálice dos demônios.” (1 Coríntios 10:20-22, Almeida, revista e atualizada) Ele também perguntou: “Como é que o certo pode ter alguma coisa a ver com o errado? Como é que a luz e a escuridão podem viver juntas? Como podem Cristo e o Diabo estar de acordo? O que é que um cristão e um descrente têm em comum?” (2 Coríntios 6:14-16, Bíblia na Linguagem de Hoje) Assim, a Bíblia condena totalmente a idéia de disfarçar uma prática pagã dando-lhe aparência cristã.
A Bíblia também adverte contra praticar o espiritismo. (Deuteronômio 18:10-12) Embora a grande maioria dos que comemoram o Halloween afirmem rejeitar práticas satânicas, é bom termos em mente que, em sentido histórico, essa festa está intimamente ligada ao ocultismo. Assim, pode encaminhar a pessoa para o espiritismo, em especial no caso de jovens impressionáveis. Ritos e tradições pagãos contaminados pelo espiritismo simplesmente não têm lugar na adoração cristã — e não são nem um pouco inofensivos.
Por fim, deve-se levar em conta que o Halloween, o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados se baseiam nas crenças de que os mortos sofrem ou que podem, de algum modo, prejudicar os vivos. Mas a Bíblia mostra claramente que essas crenças não são verdadeiras, dizendo: “Os viventes estão cônscios de que morrerão; os mortos, porém, não estão cônscios de absolutamente nada.” (Eclesiastes 9:5) Por isso, a Bíblia aconselha: “Tudo o que a tua mão achar para fazer, faze-o com o próprio poder que tens, pois não há trabalho, nem planejamento, nem conhecimento, nem sabedoria no Seol [a sepultura comum da humanidade], o lugar para onde vais.” (Eclesiastes 9:10) Visto que os mortos estão inconscientes e, assim, são incapazes de prejudicar outros ou de sofrer, não temos nada a temer da parte deles. Também, orações a favor deles são completamente inúteis. Quer dizer, então, que não há esperança para pessoas amadas que morreram? Não, não é isso que se quer dizer. A Bíblia nos assegura de que “há de haver uma ressurreição tanto de justos como de injustos”. — Atos 24:15.
O conhecimento exato nos permite fazer nossas próprias escolhas. Não podemos tomar decisões inteligentes se não tivermos todos os fatos em mãos. Depois de analisar os fatos mencionados nesta série de artigos, qual será a sua decisão?

fonte: DESPERTAI 01 8/10 pp. 5-10

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

sábado, 31 de julho de 2010

DIVISÃO SILÁBICA

Divisão silábica é a separação das sílabas (silabação) de uma palavra. Na escrita as sílabas são separadas por hífen (-) e em alguns casos com pontos (.).
ra-iz, ma-ca-co, For-ta-le-za, Volks-wa-gem, gra-ma, pi-ca-pau, sí-la-ba
Regra geral
• Não separam-se letras representativas da mesma sílaba.
Regras
1. Não existe sílaba sem vogal!
2. Não devem ser separadas letras que representam
o Ditongos: ân-sia, des-mai-a-do, ré-guas
o Tritongos: a-ve-ri-guou, quais-quer, sa-guão, Pa-ra-guai
o Encontros consonantais inseparáveis (l e r): pseu-dô-ni-mo, bí-ceps
o Os dígrafos ch, lh, gu e qu
3. Separam letras representantes de hiatos
Exemplos: sa-ú-de, Sa-a-ra, co-e-lho
4. Óbvio — separam-se encontros consonantais separáveis
5. Separa-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc
6. Na silabação não se consideram prefixos, afixos, radicais, etc.
Exemplos: su-bur-ba-no, tran-sa-tlân-ti-co
Observações: O fonema /cs/ representado pela letra x junta-se à vogal seguinte — i.e., quando houver (exemplo: tó-xi-co).
Translineação
Translineação é a partição das palavras no fim da linha. Para repartir uma palavra de modo a deixar parte dela em uma linha e o restante da mesma em outra, é necessária que sejam seguidas as normas de divisão silábica e as seguintes:
1. Dissílabos como ato, unha, caí, etc., não devem ser partilhados pois isso deixaria uma letra isolada no início ou fim de uma linha.
2. A partir de três sílabas não isola-se sílaba formada por uma vogal.
Exemplo: la-goa (ao invés de la-go-a).
3. Ao translinear palavras compostas, na partição hifenizada, não se repetirá o hífen. Exemplos:
saca-
arco- rolhas
íris
e não,
saca-
arco- -rolhas
-íris
Observações: Não se translineiam, obviamente, monossílabos.
Saiba mais: os ditongos e hiatos
Ver também: Hiato e Ditongo
Até agora você viu como é simples fazer a divisão silábica de uma palvra, basta observar a pronúncia. Mas e quando a pronúncia é diferente entre regiões? Este é um caso em que existem dois tipos de divisão silábica, uma para o Português do Brasil e outra para o Português Europeu. Acontece que os ditongos crescentes existentes no Português do Brasil não passam de hiatos no Português Europeu. Essas palavras são chamadas em geral de Proparoxítonas aparentes. Veja algum desses casos:
Português do Brasil Português Europeu
A.lu.mí.nio A.lu.mí.ni.o
An.fí.bio An.fí.bi.o
Bi.ná.rio Bi.ná.ri.o
Con.tí.nuo Con.tí.nu.o
Es.tân.cia Es.tân.ci.a
Fre.qüên.cia Fre.quên.ci.a
His.tó.ria His.tó.ri.a
I.ní.cio I.ní.ci.o
La.bo.ra.tó.rio La.bo.ra.tó.ri.o
Má.goa Má.go.a
Pré.dio Pré.di.o
Re.fe.rên.cia Re.fe.rên.ci.a
Sé.rie Sé.ri.e
Ti.tâ.nio Ti.tâ.ni.o
Vár.zea Vár.ze.a

Fonte:http:Divisão silábica é a separação das sílabas (silabação) de uma palavra. Na escrita as sílabas são separadas por hífen (-) e em alguns casos com pontos (.).
ra-iz, ma-ca-co, For-ta-le-za, Volks-wa-gem, gra-ma, pi-ca-pau, sí-la-ba
Regra geral
• Não separam-se letras representativas da mesma sílaba.
Regras
1. Não existe sílaba sem vogal!
2. Não devem ser separadas letras que representam
o Ditongos: ân-sia, des-mai-a-do, ré-guas
o Tritongos: a-ve-ri-guou, quais-quer, sa-guão, Pa-ra-guai
o Encontros consonantais inseparáveis (l e r): pseu-dô-ni-mo, bí-ceps
o Os dígrafos ch, lh, gu e qu
3. Separam letras representantes de hiatos
Exemplos: sa-ú-de, Sa-a-ra, co-e-lho
4. Óbvio — separam-se encontros consonantais separáveis
5. Separa-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc
6. Na silabação não se consideram prefixos, afixos, radicais, etc.
Exemplos: su-bur-ba-no, tran-sa-tlân-ti-co
Observações: O fonema /cs/ representado pela letra x junta-se à vogal seguinte — i.e., quando houver (exemplo: tó-xi-co).
Translineação
Translineação é a partição das palavras no fim da linha. Para repartir uma palavra de modo a deixar parte dela em uma linha e o restante da mesma em outra, é necessária que sejam seguidas as normas de divisão silábica e as seguintes:
1. Dissílabos como ato, unha, caí, etc., não devem ser partilhados pois isso deixaria uma letra isolada no início ou fim de uma linha.
2. A partir de três sílabas não isola-se sílaba formada por uma vogal.
Exemplo: la-goa (ao invés de la-go-a).
3. Ao translinear palavras compostas, na partição hifenizada, não se repetirá o hífen. Exemplos:
saca-
arco- rolhas
íris
e não,
saca-
arco- -rolhas
-íris
Observações: Não se translineiam, obviamente, monossílabos.
Saiba mais: os ditongos e hiatos
Ver também: Hiato e Ditongo
Até agora você viu como é simples fazer a divisão silábica de uma palvra, basta observar a pronúncia. Mas e quando a pronúncia é diferente entre regiões? Este é um caso em que existem dois tipos de divisão silábica, uma para o Português do Brasil e outra para o Português Europeu. Acontece que os ditongos crescentes existentes no Português do Brasil não passam de hiatos no Português Europeu. Essas palavras são chamadas em geral de Proparoxítonas aparentes. Veja algum desses casos:
Português do Brasil Português Europeu
A.lu.mí.nio A.lu.mí.ni.o
An.fí.bio An.fí.bi.o
Bi.ná.rio Bi.ná.ri.o
Con.tí.nuo Con.tí.nu.o
Es.tân.cia Es.tân.ci.a
Fre.qüên.cia Fre.quên.ci.a
His.tó.ria His.tó.ri.a
I.ní.cio I.ní.ci.o
La.bo.ra.tó.rio La.bo.ra.tó.ri.o
Má.goa Má.go.a
Pré.dio Pré.di.o
Re.fe.rên.cia Re.fe.rên.ci.a
Sé.rie Sé.ri.e
Ti.tâ.nio Ti.tâ.ni.o
Vár.zea Vár.ze.a

Divisão silábica é a separação das sílabas (silabação) de uma palavra. Na escrita as sílabas são separadas por hífen (-) e em alguns casos com pontos (.).
ra-iz, ma-ca-co, For-ta-le-za, Volks-wa-gem, gra-ma, pi-ca-pau, sí-la-ba
Regra geral
• Não separam-se letras representativas da mesma sílaba.
Regras
1. Não existe sílaba sem vogal!
2. Não devem ser separadas letras que representam
o Ditongos: ân-sia, des-mai-a-do, ré-guas
o Tritongos: a-ve-ri-guou, quais-quer, sa-guão, Pa-ra-guai
o Encontros consonantais inseparáveis (l e r): pseu-dô-ni-mo, bí-ceps
o Os dígrafos ch, lh, gu e qu
3. Separam letras representantes de hiatos
Exemplos: sa-ú-de, Sa-a-ra, co-e-lho
4. Óbvio — separam-se encontros consonantais separáveis
5. Separa-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç e xc
6. Na silabação não se consideram prefixos, afixos, radicais, etc.
Exemplos: su-bur-ba-no, tran-sa-tlân-ti-co
Observações: O fonema /cs/ representado pela letra x junta-se à vogal seguinte — i.e., quando houver (exemplo: tó-xi-co).
Translineação
Translineação é a partição das palavras no fim da linha. Para repartir uma palavra de modo a deixar parte dela em uma linha e o restante da mesma em outra, é necessária que sejam seguidas as normas de divisão silábica e as seguintes:
1. Dissílabos como ato, unha, caí, etc., não devem ser partilhados pois isso deixaria uma letra isolada no início ou fim de uma linha.
2. A partir de três sílabas não isola-se sílaba formada por uma vogal.
Exemplo: la-goa (ao invés de la-go-a).
3. Ao translinear palavras compostas, na partição hifenizada, não se repetirá o hífen. Exemplos:
saca-
arco- rolhas
íris
e não,
saca-
arco- -rolhas
-íris
Observações: Não se translineiam, obviamente, monossílabos.
Saiba mais: os ditongos e hiatos
Ver também: Hiato e Ditongo
Até agora você viu como é simples fazer a divisão silábica de uma palvra, basta observar a pronúncia. Mas e quando a pronúncia é diferente entre regiões? Este é um caso em que existem dois tipos de divisão silábica, uma para o Português do Brasil e outra para o Português Europeu. Acontece que os ditongos crescentes existentes no Português do Brasil não passam de hiatos no Português Europeu. Essas palavras são chamadas em geral de Proparoxítonas aparentes. Veja algum desses casos:
Português do Brasil Português Europeu
A.lu.mí.nio A.lu.mí.ni.o
An.fí.bio An.fí.bi.o
Bi.ná.rio Bi.ná.ri.o
Con.tí.nuo Con.tí.nu.o
Es.tân.cia Es.tân.ci.a
Fre.qüên.cia Fre.quên.ci.a
His.tó.ria His.tó.ri.a
I.ní.cio I.ní.ci.o
La.bo.ra.tó.rio La.bo.ra.tó.ri.o
Má.goa Má.go.a
Pré.dio Pré.di.o
Re.fe.rên.cia Re.fe.rên.ci.a
Sé.rie Sé.ri.e
Ti.tâ.nio Ti.tâ.ni.o
Vár.zea Vár.ze.a

Fonte:http://pt.wikibooks.org

segunda-feira, 12 de julho de 2010

ENIAC INTEGRADO VERMELHO Frase X Oração I

VÍDEO PARA INCREMENTAR O TÓPICO: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Você sabe o que são Pérolas Gramaticais?

"Pérolas Gramaticais" é uma denominação comumente utilizada para designar o uso de vocábulos inadequados presentes nas construções linguísticas, os quais prejudicam a coesão das mensagens emitidas. É importante observar que tanto a fala como a escrita estão sujeitas à ocorrência desse tipo de "deslize", e que as "pérolas", muitas vezes, são proferidas por descuido (ou mesmo desconhecimento da forma correta) por parte do emissor. O leitor/ouvinte, ao se deparar com "pérolas gramaticais", pode considerá-las divertidas, fato perfeitamente explicável tendo-se em vista a incoerência que as construções apresentam. Geralmente, as pérolas são extraídas de redações de vestibular. Observe alguns exemplos:
Gostaria de informar que o período de matrícula inspirou. (expirou)

Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe. (adrenalina)

Na Bahia há um povo muito hospitalar. (hospitaleiro)

Agora que estou informatizado, cobrarei meus direitos. (informado)
O Brasil é um país abastardo com um futuro promissório. (abastado, promissor)
O maior matrimônio do país é a Educação. (patrimônio)
Os índios eram muito atrasados, mas com o tempo foram se sifilizando. (civilizando)
A vida é um conto de fábulas. (fadas)

Tiradentes, depois de morto, foi decapitulado. (decapitado)

A capital de Portugal é Luiz Boa. (Lisboa)
O principal rio nos Estados Unidos é o Mininici. (Mississipi)
O acidente foi no célebre Retângulo das Bermudas. (Triângulo)
A ciência progrediu tanto que inventou ciclones, como a ovelha Dolly. (clones)

O problema ainda é maior em se tratando da camada Diozoni. (Camada de Ozônio)

Eu luto para atingir os meus obstáculos. (objetivos)

O Euninho já provocou secas e enchentes calamitosas. (El Niño)
É um problema de muita gravidez. (gravidade)

Existem raios ultra-violentos. (ultravioletas)

Os lagos são formados pelas bacias esferográficas. (hidrográficas)

Nao foi ilusão idiótica o que eu tive. (ilusão de ótica)

Isso é crime de falsidade biológica! (ideológica)
É necessário ler a bússola do remédio. (bula)
As mudanças ocorrem devagarosamente. (vagarosamente)

Como diz o ditado: é duro agradar a pobres e troianos. (gregos)
Eu concordo em gênero e número igual. (gênero, número e grau)
Ele tem medo de ficar preso no elevador, pois tem cleptomania. (claustrofobia)


http://www.soportugues.com.br/secoes/perolas/perolas1.php

domingo, 20 de junho de 2010

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO - tire suas dúvidas

Aqui temos um trecho do livro de Machado de Assis, A mão e a luva.
“Elegantíssimo, pelo contrário.
- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora. São horas da baronesa dar o seu passeio pela chácara.
- Será aquela senhora que ali está no alto da escada? Perguntou Estevão.”
No enunciado as palavras vão se intercalando e formando uma mensagem. Ao analisar cada uma dessas mensagens, percebe-se um emaranhado de palavras com sentido.
“Elegantíssimo, pelo contrário.”, o enunciado fornece uma mensagem sem utilizar verbo é o que chamamos de frase.
Frase
É o enunciado com sentido completo, capaz de fazer uma comunicação.
Na frase é facultativo o uso do verbo.
Exemplos:
- Atenção!
- Que frio!
- A China passa por dificuldades.
As frases classificam-se em:
Declarativa: faz uma declaração. “Os olhos luziam de muita vida…” (Machado de Assis)
Interrogativa: utiliza uma pergunta. “Entro num drama ou saio de uma comédia?” (Machado de Assis)
Exclamativa: expressa sentimento. “Que imenso poeta, D. Guiomar!” (Machado de Assis)
Imperativa: dá uma ordem ou pedido. “Chegue-se mais perto…” (Machado de Assis)
Optativa: expressa um desejo. “Tomara que você passe na prova”.
“Vou-me embora.”, o enunciado fornece uma mensagem, porém usou verbo é o que chamamos de oração.
Oração
É o enunciado com sentido que se estrutura com base em um verbo.
Na oração é preciso usar verbo ou locução verbal.
Exemplos:
- A fábrica, hoje, produziu bem.
- Homens e mulheres são iguais perante a lei.
“- O senhor tem sempre um cumprimento de reserva: vejo que não perdeu o tempo na academia, Vou-me embora.”, o enunciado apresenta uma mensagem em que se utilizou vários verbos é o que chamamos de período.
Período
É a oração composta por um ou mais verbos.
O período classifica-se em:

Simples: tem apenas uma oração.
- “As senhoras como se chamam?” (Machado de Assis)
Composto: tem duas ou mais orações.
- “Um deles perguntou-lhes familiarmente se iam consultar a adivinha”. (Machado de Assis)

http://www.infoescola.com/portugues/frase-oracao-e-periodo

sábado, 19 de junho de 2010

Wikipédia e Wikcionário - Espaços de Autoria

Acredito que o preconceito muitas vezes é gerado pela falta de informação sobre. Engraçado como me recordo de algumas investidas na Wikipédia para ajudar-me em dado momento numa pesquisa. E, pasmem, nunca procurei saber sobre a Wikipédia.
Penso que o mundo virtual e nele inserido o principal protagonista – a Internet – não permite-nos abrir espaços para pensarmos em pequenos detalhes como o citado acima. Afinal, o fenômeno da rede mundial ganhou proporções antes inimagináveis. O fluxo de informação é surpreendente.
As fontes de pesquisas parece-me inesgotáveis. Fala-se de tudo um pouco. A Internet é incrível. O texto de Jaime Balbino pos-me a refletir sobre esta importante ferramenta contemporânea. A Wikipédia é sem dúvida uma enciclopédia mundial onde qualquer pessoa pode não só ler seu conteúdo, mas também pode – modificá-lo, acrescentá-lo retirá-lo, ligá-lo a outros documentos etc. A minha surpresa ainda reside no fato do poder fiscalizador pelos próprios usuários.
Ou seja, se determinada informação estiver errada o internauta pode corrigi-la; e mesmo que seja tachada de mentirosa, incluída possivelmente por vândalos ou desinformados, pode ser retirada.
Percebi também que a Wikipédia não deixa nada a desejar em relação às melhores enciclopédias mundiais. É de fato referência em pesquisa. Jaime é muito feliz quando nos lembra que o conhecimento é fenômeno social coletivo. Não é posse – propriedade de uma elite – da qual não se possa fazer parte. A dicotomia cultura popular X cultura do status quo não existe no universo wiki. O que existe é um grupo de pessoas que vivem e interpretam o mundo.
Wikipédia é isso – qualquer um tem propriedade para escrever sobre algo que deseje. E está em nossas mãos o poder de ajudar, ampliar e melhorar a Wikipédia. De repente eu posso descobrir algo que me interessa e usar o espaço wiki para desenvolvê-lo. Ou, poderia disponibilizar produções que julgar importante.
Pelo visto, as possibilidades no mundo wiki são inúmeras e possíveis. E se alguém me perguntar o que esta ferramenta tem a ver com educação e a melhoria para a prática docente, não vou titubear – tudo a ver.
LANDOALDO SCHER MOREIRA

TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

A escola como se vê hoje parece indicar certa resistência a mudanças. Transmite aquela sensação que ainda persiste em andar na contramão das novas exigências que a educação demanda para os dias atuais quando se vê voltada a ficar presa a conhecimentos tidos como fora de voga. A escola do século XXI exige muito mais conhecimento do que se imagina(va) como bem nos lembra o professor Dr. Ladislau Dowbor ao nos dizer que o espaço do conhecimento está se multiplicando e a escola tem que ser um pouco mais articuladora e não simplesmente estar repetindo aquela cartilha de sempre. Outro escritor, Alberto Tornaghi ainda destaca a outra face da atual crise educacional ao dizer-nos que já não cabe mais ao professor buscar ser o detentor do saber que provê a seus alunos toda necessidade de informação e de formação. Cabe, isso sim, ser um profissional capaz de buscar esta informação junto com os estudantes, ter competência para avaliar a informação que encontram e contribuir para que todos, eles e seus alunos, venham a cada dia, mais capazes de buscar por si mesmos as informações de que precisam, de criticá-las e de construir, localizada, temporal e contextualizadamente, os conhecimentos de que necessitam a cada momento. Precisamos refletir seriamente a escola que temos. Mais uma vez, Alberto Tornaghi nos lembra: “a escola não pode permanecer e ensinar verdades cristalizadas. Ela precisa assumir que produz verdades. Que produza novas.” Será que nossa escola está conseguindo produzir novas verdades? Stanislau defende a ideia da seleção da informação, haja vista, o grande volume de informação proporcionada a nós atualmente. Parece que tudo seria resolvido com a simples presença de computadores na escola. De fato, Tornaghi diz que os microcomputadores trazem para a escola imensa gama de possibilidades de produção. Algumas formas de expressão que eram antes muito trabalhosas ou que implicavam custos muito altos estão agora ao alcance das pontas dos dedos, via teclados e mouses. Entretanto, Maria Elizabeth nos lembra que inserir-se na sociedade de informação não quer dizer apenas ter acesso à tecnologia de informação e comunicação, mas principalmente saber utilizar essa tecnologia para a busca da seleção de informações que permita a cada pessoa resolver os problemas do cotidiano, compreender o mundo e atuar na transformação de seu contexto (grifo meu). Dessa forma, a máquina sozinha não pode e não resolve nada e informação por si só também não resolve. Concordamos, portanto com Tornaghi: “...é, portanto, um projeto de escola que produz e usa tecnologia para produzir e modificar propostas metodológicas. É um projeto de escolas em que alunos e professores produzem novos conhecimentos e os compartilham usando, para isso, a tecnologia a que têm acesso [...] de nada adianta um belo jardim se os alunos não puderem “pisar na grama”, se dar aulas fora da sala de aula for um impedimento regimental”. Ainda, Elizabeth parece concluir todo o assunto ao dizer: “para incorporar a TIC na escola, é preciso ousar, vencer desafios, articular saberes, tecer continuamente a rede”. Assim sendo, parece que o discurso é muito bonito, mas a prática parece andar em outra via. Pensamos, entretanto, se posto em prática o que se coloca aqui, teremos uma educação diferente – com muito mais alunos pensantes.

LANDOALDO SCHER MOREIRA

domingo, 13 de junho de 2010

Cidade maravilhosa! Rumo ao centenário!


http://farm2.static.flickr.com/1398/1337776664_d83b500df8_b.jpg

foto de Itabuna à noite

FOTOS E IMAGENS

Itabuna-Ba  - www.agora-online.com.br

Fotos maravilhosas, não acha???!!!!

Esta é minha segunda postagem.

Dia 11/06/2010 foi o meu segundo encontro presencial no curso Aprendendo com as TIC'S no NTE 05 (Itabuna-Ba). Estou gostando muito do curso, principalmente desta parte do curso que estimula a criação de blogs. Abraços a todos.

Minha primeira postagem

Este é o meu primeiro post na internet, estou criando meu blog junto com vocês.

Este é meu link favorito, veja:watchtower